Qualquer análise dos recentes movimentos de rua ocorridos em todo o país durante o mês de junho, inclusive em Americana e cidades da região, será simplista se tiver a pretensão de ser conclusiva. As ruas deixaram mais perguntas que respostas.
A princípio, pareceram movimentos como a “Marcha da Família com Deus”, de 1964, quando jovens, ombreados a senhoras e senhores, todos representantes da burguesia, foram às ruas “contra o comunismo”, fato que redundou no golpe militar de 31 de março daquele ano. Nas marchas deste junho, foram meninos e meninas das classes média e alta que tomaram as ruas expressando indignação “contra tudo o que está aí”, a começar dos partidos políticos. “Sem bandeira” e “sem partido” talvez tenham sido as palavras de ordem mais emblemáticas do movimento.

A violência com que foram tratados os primeiros manifestantes e jornalistas, especialmente pela polícia paulista, fornece pista que permite excluir a ideia da prévia orquestração de um go…